Cuidado prévio é fundamental para tranquilidade de moradores
Procedimentos de entrada, dispositivos criptografados para abertura das garagens, cercas elétricas. Às vezes, o condomínio pode se cercar de todo tipo de aparato e mesmo assim sofrer com ameaças externas.
Sem um plano de segurança elaborado especificamente para as necessidades daquele condomínio, muito investimento pode não resultar em aumento do nível de segurança do local.
“A verdade é que os empreendimentos precisam de duas empresas para cuidar da sua segurança: uma que faça um plano bem detalhado, que estude o local, e outra, que venda e instale os equipamentos”, aponta José Elias de Godoy, autor de 02 livros sobre segurança condominial e diretor da Suat, empresa de consultoria,treinamento e soluções de segurança para condomínios.
O que é
Um bom plano de segurança visa dimensionar o que aquele condomínio realmente precisa, e não, simplesmente apresentar e oferecer os produtos que uma empresa vendedora de equipamentos tem no estoque.
Esse planejamento é fruto de pelo menos uma visita ao local de um perito e especialista em segurança condominial. Ele começa com uma análise de risco do condomínio, seus pontos mais sensíveis e vulneráveis além de discriminar soluções como equipamentos, procedimentos, mudanças de estrutura assim como qualificação da mão-de-obra.
“Sugerimos desde sistemas de controle de acesso, alarmes, câmeras, iluminação, clausuras, catracas, fechaduras e até barreiras físicas, como o fechamento de alguma área, portões com intertravamento, caso seja necessário. Depende das necessidades de cada condomínio. Algo que não pedimos é a marca “x” ou “y” e sim por características técnicas que atendam a necessidade física de proteção do local. O cliente fica livre para procurar o que se encaixa melhor no que foi solicitado”, argumenta José Elias.
Outro ponto importante de um bom plano de segurança é sua aplicabilidade ao local.
“Não adianta, querer, por exemplo, blindar uma guarita em um condomínio popular, com um nível de blindagem balística arquitetônica mais sofisticada, tipo nível III pois ficaria muito caro, inviável e inexequível para aquele tipo de prédio. O correto é oferecer soluções que sejam compatíveis com o local”, ensina.
Com um bom planejamento do tipo específico e personalizado ás necessidades do condomínio também é possível economizar.
Um plano de segurança deve ser entregue ao cliente, inclusive, com uma planta do local, discriminando exatamente os locais onde os equipamentos e melhorias devem ser efetuados, deixando, assim, o mais claro para os moradores como ficará o condomínio após a execução do projeto.
Exemplo
Em um condomínio horizontal de grande porte, por exemplo, podem ser necessários até quatro veículos fazendo rondas periódicas no local. Com um sistema de segurança inteligente já implantado, com câmeras, sensores, proteção perimetral e iluminação em áreas mais sensíveis e vulneráveis, havendo um Centro de Controle Operacional-CCO com um operador de monitoramento pode-se substituir pelo menos dois funcionários que faziam a ronda. Isso diminuiria bastante os custos de operação.
“Nesses casos discriminamos no plano como deve ser montada a sala de segurança, do software de monitoramento à cadeira mais adequada para que o rendimento do operador possa ser o melhor possível”, explica.
Além disso, a empresa que oferece o plano de segurança deve ministrar também treinamentos para os funcionários do condomínio, assim como palestras de conscientização para os moradores. Com isso teremos o fechamento do triângulo da segurança em condomínios, que é a conscientização dos moradores, o investimento nos funcionários e a segurança física do local, que faz do condomínio um local mais seguro, aumentando a sensação de segurança aos usuários e buscando-se a diminuição dos riscos.
Dificuldades em segurança
Às vezes algumas tecnologias ou melhorias são instaladas em condomínio visando aumentar o nível de segurança. Porém, se realizadas sem planejamento, podem se tornar um mau investimento. Veja alguns exemplos:
• Biometria: se o empreendimento comprou um equipamento de leitura que trava muito, demora para ler ou não lê as digitais dos moradores, acaba sendo desativado devido à falta de paciência dos condôminos.
• Clausura de veículos com intertravamento: O que pode ser uma boa ideia no papel, pode-se converter em um trânsito de grande escala nos horários de rush, já dentro do condomínio e nas suas imediações – principalmente em residenciais com apenas uma saída de carros para rua.
• Catraca para entrada: se um bom sistema de software de controle de acesso não acompanhar o equipamento, e sem treinamento dos funcionários, elas podem acabar também desativadas
Fonte : Publicado por Sindiconet