Essa tem sido justamente a experiência do Condomínio Siena Tower, situado no Alto de Santana, zona Norte da cidade. A síndica Rosana Nichio conduziu um processo criterioso de mudança da portaria física para a virtual em abril do ano passado. Com apenas 24 unidades, o condomínio sentia urgência no corte dos custos, optando desta forma pela racionalização do controle de acesso. Atualmente, trabalham no local apenas o zelador orgânico e um funcionário terceirizado de limpeza.
“Vínhamos há alguns anos observando a obsolescência dos equipamentos de segurança, ao mesmo tempo em que precisávamos diminuir custos. Instalar a portaria virtual foi uma decisão difícil, porque gostávamos da equipe de profissionais que tínhamos aqui”, afirma. Houve ainda a necessidade de muitos investimentos: Reforma da cerca elétrica; reforço no CFTV (com câmeras IP no perímetro); nova central de interfone, com comunicação direta entre moradores; iluminação com fotocélula e/ou sensor de presença; troca do motor do portão da garagem; eclusa de pedestres com biometria e intertravamento; nobreak (mesmo tendo gerador).
Foram celebrados contratos com dois provedores de internet e, o zelador, conectado à central remota em tempo real, mantido. “Ele é peça fundamental do sistema, pois recebe encomendas e correspondências.” Segundo Rosana, foi preciso também orientar os moradores. “Eles estão na linha de frente da segurança do prédio. Costumamos anotar todo procedimento equivocado para orientá-los, mostrando que isso fragiliza o sistema.”
“Hoje sinto mais segurança com a portaria virtual, pois o funcionário que atende, à distância, mantém uma relação impessoal com o morador ou visitante, ele não tem vínculos, não facilita para ninguém”, resume a síndica. Além disso, quando se completaram sete meses da implantação, os investimentos estavam amortizados, o que permitiu ao condomínio começar a contabilizar um reforço no caixa. Com os custos reduzidos, a taxa de rateio caiu significativamente e, em julho passado, a síndica registrou inadimplência zero, um marco nos 18 anos de vida do prédio. A síndica observa que o controle de acesso deverá ser aprimorado conforme a disponibilidade futura de caixa, incluindo a instalação de biometria nos elevadores.